Hoje cedo postamos no Twitter um link do Update Or Die sobre a polêmica que é o casamento entre arte e propaganda. O tema certamente merece espaço para discussão e abre caminho para o caminho inverso, quando a arte utiliza a propaganda.

Músicos que utilizam garrafas de Coca-Cola em seus trabalhos estão fazendo arte através da propaganda. Afinal, as garrafas poderiam ser apenas garrafas, mas por serem da Coca-Cola colocam a arte em um patamar diferente, não é apenas arte pela arte. É interferência, contextualização com cotidiano, reciclagem… o exemplo pode parecer vago, mas o que quero dizer é que a música produzida através de garrafas de Coca-Cola não é apenas mais uma música.

Cinema também é arte. E quando digo cinema estou falando de Madame Satã, Piscose, O Massacre da Serra Elétrica, The Birds, Moulin Rouge e Xuxa e os Duendes. E, na minha lembrança, o cinema é mestre em realizar trabalhos tendo como matéria prima a propaganda.

Hayden Panettiere

Exemplo, quando Jogos Mortais III arrecadou 100 milhões de dólares em bilheterias, a Lionsgate publicou um anúncio do filme inspirado em uma campanha famosa de leite.

O cinema também é responsável por inúmeras paródias de propaganda e, provavelmente, a mais conhecida delas seja a do comercial Wazzup, da Budweiser, que foi veiculado no Super Bowl, a maior audiência norte-americana.

http://www.youtube.com/watch?v=UDTZCgsZGeA

A partir daí, foi replicado e recebeu destaque na maior paródia de todos os tempos. Todo Mundo em Pânico.

E anos mais tarde, quando Wazzup parecia ter ficado esquecida em algum lugar no tempo, os marketeiros de Obama ressuscitaram o meme e colocaram no ar uma nova paródia.

Talvez eu não seja a pessoa mais indicada para iniciar este debate, em paralelo ao Update Or Die, mas acredito que toda boa discussão pode ser produtiva. Alguém se habilita a dar a primeira voz?

 

Postado por André

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André Fantin

Editor do Repertório Criativo, publicitário e escritor por teimosia. Atualmente vive na Irlanda em busca de inspiração.