Apesar de realmente não haver nenhuma fórmula mágica para se trabalhar com publicidade, existem algumas estruturas que conhecemos, foram testadas e sempre trazem bons resultados. Em filmes (é assim que gostamos de chamar os comerciais de TV), por exemplo, trabalhamos os roteiros com estrutura básica: início, clímax, virada (elemento inesperado) e desfecho. Tudo isso em poucos segundos.

Muitas vezes o clímax é a própria virada, às vezes é o início e o desfecho… quem é quem não importa muito. Relevante mesmo é isso ficar bem definido no filme, é o que vai provocar a audiência e instigar o público. Procure assistir alguns filmes (bons de preferência) para perceber essas nuances, identificar cada etapa do roteiro e você vai notar porque varejo costuma ser tão sem graça. Simplesmente porque não tem uma surpresinha no final, aquele gracejo que tira de você um sorrisinho de canto de boca ou mesmo uma enorme gargalhada.

Sabendo disso, nós publicitários buscamos exatamente o ponto da virada, é ele quem traz o apelo para o comercial ser lembrado (e ganhar prêmios, de preferência). Então por que não fazer um comercial em que só há pontos de virada? Poderia ser algo meio exagerado, mas a agência italiana Selection S.R.L conseguiu trabalhar bem a técnica neste comercial para a bala Vivident.

Postado por André e indicado por @artpassos

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André Fantin

Editor do Repertório Criativo, publicitário e escritor por teimosia. Atualmente vive na Irlanda em busca de inspiração.