Essa talvez seja uma das grandes dúvidas e motivo de discussões (rasas) que usuários do Facebook travam na rede social. Nunca dediquei atenção ao assunto, mas admito que achei a explicação dada por Tom Whitnah, engenheiro do Facebook, motivo comercial mais que suficiente para nos fazer entender.

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Enquanto muitos usuários amam a ideia do Facebook adicionar um botão “não gosto”, não creio que existam muitos usuários loucos para terem seu conteúdo desaprovado. Como a opção de música com auto-play em seus perfis e a opção de ter backgrounds animados, há muitas coisas que os usuários querem para si, mas que não apreciam quando outros têm em sua rede social.

Apesar de existirem posts nos quais o botão “não gosto” poderia ser usado para expressar simpatia ou comiseração, estimo que a grande maioria de seu uso seria apenas de negatividade ambígua, que desmoralizasse o autor da postagem.

O que poderia frequentemente ser uma brincadeira para quem clicou “não gosto” poderia gerar um sentimento de crítica ou julgamento em quem recebeu o “não gosto”. As pessoas podem expressar sentimentos amplos em suas respostas nos comentários, incluindo críticas, negatividade, simpatia e piedade. Mas ao remover o aspecto negativo desses comentários e cementá-los como uma interação proeminente, o Facebook iria encorajar e facilitar muito mais negatividade do que os usuários gostariam de ver fluindo em sua comunidade.

“Não gostar” dá um tipo de feedback que, de modo geral, desencorajaria o compartilhamento. “Gostar” dá feedback ao autor do conteúdo postado e é também um mecanismo que auxilia no compartilhamento de bom conteúdo com amigos nos News Feeds. “Não gostar” resultaria em nada sendo compartilhado (porque algum de seus amigos gostaria de ver o conteúdo que você “não gostou”?), então seria uma funcionalidade bem mais castradora do que o “gostar”.

Para saber mais sobre a polêmica, visite também o artigo no Papo de Homem.

Postado por André

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André Fantin

Editor do Repertório Criativo, publicitário e escritor por teimosia. Atualmente vive na Irlanda em busca de inspiração.